Parte 11 - Instrumentos de Política Cambial: Intervenções, Reservas Internacionais e Swaps Cambiais
PARTE 11 - Instrumentos de Política Cambial: Intervenções, Reservas Internacionais e Swaps Cambiais
O governo, principalmente através do Banco Central do Brasil, utiliza diversos instrumentos para influenciar a taxa de câmbio e garantir a estabilidade econômica.
11.1. Intervenções Cambiais
Objetivo:
Controlar a volatilidade excessiva da moeda, evitar flutuações abruptas e garantir um ambiente favorável para o comércio exterior e investimentos.
Formas de Intervenção:
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Compra e venda direta de moeda estrangeira:
O Banco Central compra dólares para conter a valorização do real ou vende dólares para conter a desvalorização. -
Operações de swap cambial:
Contratos que simulam a compra ou venda futura de dólares, mas sem entrega física imediata, usados para controlar expectativas e fluxos.
11.2. Reservas Internacionais
Definição:
Ativos em moeda estrangeira mantidos pelo Banco Central, usados para garantir a capacidade de pagamento do país no exterior e respaldar a estabilidade cambial.
Funções principais:
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Servir como lastro para operações financeiras internacionais.
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Atuar como “amortecedores” em crises cambiais.
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Aumentar a confiança dos investidores estrangeiros.
11.3. Swaps Cambiais
Conceito:
Instrumentos financeiros que envolvem a troca de fluxos em moedas diferentes, muito usados para proteção contra risco cambial (hedge).
Uso pelo Banco Central:
O BCB realiza leilões de swaps para controlar a volatilidade do câmbio sem alterar o estoque das reservas internacionais.
11.4. Impacto dos Instrumentos de Política Cambial
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Estabilização do mercado: Redução de oscilações bruscas na taxa de câmbio.
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Proteção contra crises externas: Minimização dos efeitos de choques internacionais.
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Influência sobre expectativas de mercado: Confiança dos agentes econômicos.